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Reis, rainhas, deusas: Côrte afro 2017

  • Equipe Afro
  • 19 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura

Um sonho de infância ser rei e rainha como nas histórias dos livros, qual criança nunca pensou em um dia se tornar o personagem dos contos de fadas, mas na nossa história de luta e resistência nas escolas não é ensinado sobre os verdadeiros reis e rainhas e heróis da nossa história, os nossos com a evolução da raça foram ganhando formatos na vida real, a batalha de homens e mulheres negras que com muita força de vontade chegam a grandes cargos e altas posições de trabalho, se tornar o rei, a rainha em um bloco afro é mais que uma afirmação desse sentimento de vitória, reinar sem precisar humilhar ''súditos'' ou seu povo, ter líderes negros, líderes da nossa própria cor, ser conduzido por um negão ou uma negona a frente de um bloco, como destaque, é por isso que muitos destes que doam parte de seu carnaval ao baile afro se preparam através de oficinas de dança, e de expressão corporal, aliados ao aperfeiçoamento e relacionamento social, estes também estudam o tema proposto para o carnaval do bloco, separam o melhor figurino e se dedicam a bailar nos palcos em busca de um sonho, ser rei, rainha, príncipe ou deusa de um bloco afro, muitas são as histórias de superação, de força de vontade, de insistência e principalmente de amor, por vários anos homens e mulheres entram em uma disputa pacifica para representar a negritude.

Nos eventos propostos pelos blocos afros, a torcida, os amigos e os familiares são pontos fundamentais no incentivo da participação nos concursos de beleza negra, o resultado é emocionante e surpreendente, a cada ano forma-se novos reis e rainhas que desfilam como destaques no carnaval e também nas atividades de cada bloco no decorrer do ano. A representatividade em questão e principalmente conhecer a luta do povo negro são critérios importantes para ser elegível a um posto em destaque em um bloco afro, além é claro dos quesitos avaliados durante sua performance como indumentária e principalmente a dança afro, essa herança ancestral, que remete aos passos de nossos Orixás.


O percussor desses concursos, o Ilê Aiyê, elegeu a sua deusa do Ébano na sua 38ª edição da Noite da Beleza Negra, outros blocos seguiram o mesmo exemplo como o Muzenza que elege a Princesa Muzembela, e o Malê Debalê que além de uma rainha inovou e elege também um rei, assim como o Bloco Afro Os Negões que elege o seu Rei com o titulo de Negro Lindo, outro bloco que vem cada vez mais crescendo e exaltando a força da mulher negra é o Ókánbí, que prepara uma festa aberta ao público para eleger a sua Deusa Negra Atikun, nome de uma divindade negra de uma tribo indígena.

REIS, RAINHAS, DEUSAS, ELEITOS 2017

A cada carnaval, os blocos renovam os votos e os compromissos de sempre elegerem novos reis e rainhas, valorizando a participação e promovendo ações no decorrer do ano após os festejos carnavalescos.


#GiseleSoares - Deusa do Ébano do Bloco Ilê Aiyê #Dayse e #Alex - Negra e Negro Malê do Bloco Malê Debalê #CelsoCirco - Rei Negro Lindo - Bloco Afro Os Negões #LarissaOliveira - Muzembela do Bloco Muzenza #CibeleMariah - Deusa Negra Atikun - Bloco Ókánbí #EmeliNeves - Rainha Bankoma - Bloco Bankoma Desejamos a todxs um maravilhoso reinado, que representem a nossa negritude por hoje, amanhã e sempre! Axé pra todo mundo!


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